Vida n'O Fojo!

sábado, 14 de novembro de 2009

O espaço

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O espaço tem, para já, cerca de 4000 metros quadrados onde imperam as acácias (acacia dealbata) e as silvas, que durante os últimos 13 anos, após um incêndio que devastou esta zona, invadiram todo o terreno e zona circundante. Durante um ano estivemos a limpar e observar o terreno e todas as variantes meteorológicas, fauna, flora, terra, ventos predominantes, sucessões, etc…

Descobrimos, debaixo do mato de silvas, e com a ajuda dos nossos vizinhos:

2 poços
Oliveiras
Loureiros
Pereiras
Medronheiros
Figueiras
Abrunheiros
Muitas variedades de cogumelos
Uma escada de pedra
Milhares de brotos de acácia que vamos, passo a passo, reduzindo…
Pegadas de javalis, mochos ou corujas, pica-paus, corvos e muitas outras aves e insectos (muitas aranhas!) que não sabemos identificar.
E, finalmente, alguns dos marcos que definem as extremas com os vizinhos.

O terreno tem ainda muitos carvalhos e eucaliptos bem como alguns pinheiros. Tem ainda uma escavação feita pelo anterior proprietário que servirá de "lago" e, como se verá mais a seguir, a ruína de uma casa, ou melhor, duas paredes em adobe e um forno de pedra e barro.

Temos diferentes tipos de terra e consequentemente, diferentes tipos de flora dado que a capacidade de retenção de água e biodiversidade de cada uma das zonas do terreno é diferente o que nos proporciona várias alternativas em termos de escolha de espécies adequadas.

Fizemos fogueiras, cortamos lenha, rimos, choramos, contemplamos, construímos um pequeno abrigo, descansamos, dormimos e trabalhamos muito! Conhecemos os nossos vizinhos que são uma dádiva que vieram, melhor que a encomenda, com a escolha deste terreno.

Este período de observação (vivência no terreno e recolha de informações que nos foram transmitidas pelos vizinhos) é para nós fundamental para podermos definir os pontos-chave do nosso, já esboçado, projecto de Permacultura.

Sem este período de observação não nos seria possível chegar onde estamos em termos de conhecimento do lugar e das suas vicissitudes. A compressão dos padrões naturais do lugar bem como as diferentes informações que vão chegando, ao longo do tempo, através dos vizinhos e das descobertas que vamos fazendo, é crucial para se poderem tomar decisões adequadas. Esta foi a nossa grande aprendizagem deste período. Bill Mollison tem mesmo razão…

Chega agora a altura de trabalhar e intervir de forma diferente neste projecto que se pretende estabelecer como um efectivo Centro de demonstração e aprendizagem de Permacultura.

Estas são as primeiras imagens tiradas no local, em Outubro de 2008. Ainda tudo por descobrir...
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